terça-feira, 7 de dezembro de 2010

- Escolha.


- Como qualquer outra coisa, a escolha que você faz te persegue entre todos os seus medos e devaneios. E do que adianta não dormir mais? E do que adianta continuar parado aqui, frio como uma pedra, olhando para frente, sempre acreditando que o melhor está nesse caminho que eu escolho pra mim todos os dias se, no fundo, nem eu sei mais aonde estou ou o que faço?!
As lembranças que serviriam para montar o que hoje sou, desmontam a cada dia mais minha vontade, minha força, meu futuro. Meu passado vence minha garra, meu passado vence minha coragem, meu passado me vence. Existem coisas que nunca foram ditas e que, pelo caminho que eu insisto em prosseguir, nunca serão. É parar e perceber que, hoje, você não acredita em mais nada daquilo que já acreditou. Você não acredita em sentir, em se deixar, nas coisas pequenas que por muito te fizeram sorrir. E os dias ensolarados são exatamente os mesmos que chovem. E os dias que chovem são exatamente os mesmos pensamentos que te mantem acordado. Em mais uma temporada os dias insônes chegam e não vão. Em mais uma temporada a ânsia do mundo não cabe mais em você. Em mais uma temporada de 21 tempos. Será que já não foi o suficiente? Será que eu realmente ainda tenho algo mais a acrescentar? Bom, acho que por tudo, você já se esqueceu. Você já repassou. E por orgulho, eu repassei e transpassei tudo o que devia. Mas, na verdade esse mundo ainda me assusta e, hoje, sinceramente, não quero mais ficar nele. Me sinto pronto, e gostaria de ficar por aqui. Mas não sou eu quem mando no jogo e enquanto os dados continuarem rolando, eu ficarei acordado. E enquanto os dados estiverem rolando eu ficarei aqui, insone, no meio de todas as minhas escolhas.

PONTO!