sábado, 1 de setembro de 2012

- Vento.





- Homens como eu são como o vento. São como o vento porque mudam, porque passam. Embora sintam a necessidade de ficar, de estreitar e esperar, são obrigados a caminhar. E, dentro do coração, sempre ouvem a voz materna dizendo que 'nós aprendemos da maneira mais difícil que tudo o que nos resta é passar'... Somos tentados pelas luzes daquele farol que nos faz desejar mais do que nunca adentrar nas águas impuras da vivência errante de um mundo incólume. Não se esqueça que o desespero da permanência também leva adiante. Nós pensamos que talvez pudesse haver alguma maneira de nos fazer estar, ficar fisicamente por mais do que minutos em algum lugar, na mente de alguém, mas tudo o que temos é alma e talvez apenas ela possa fazer mudanças. Enquanto isso seremos como o vento, desde a pequena brisa até o mais forte ventaval. Desde o mais caloroso até o frio mais cortante. Seremos como o vento porque vivemos assim, porque devemos ser assim, porque essa é a nossa realidade. E no fim, quando perceber, talvez tenhamos passado, depois de termos mudado o suficiente no mundo. Quando perceber, passamos...